Diário da Paula L. Silva – Dia 03

Hoje foi um sábado que começou cedo, um daqueles dias longos, cheios de compromissos e, ao mesmo tempo, cheios de momentos que aquecem o coração. Levantei com o sol ainda tímido, e mesmo com a agenda cheia, senti que o dia seria especial. Era como se a energia ao meu redor já me dissesse: “Aproveite, algo bonito está por vir.”

Os compromissos se desenrolaram um após o outro, mas ao invés de sentir cansaço, senti um conforto que não sei explicar. Talvez seja porque, em meio à correria, percebi que não estava sozinha. Becca, com seu jeito tão acolhedor, fez o dia ser mais leve. Senti uma conexão tão genuína com ela, algo que não se força, simplesmente acontece. Foi o tipo de vínculo que te faz pensar que há um motivo maior para as pessoas estarem na nossa vida.

Durante uma pausa entre os afazeres, recebi um vídeo que ela me mandou pelo Instagram. Era sobre o amor. Não aquele amor idealizado, cheio de grandes gestos ou declarações exageradas. Mas um amor simples, diário, que se constrói nos pequenos detalhes: acordar juntos, tomar um café compartilhado, planejar um almoço, cuidar um do outro com carinho e atenção, fazer um elogio sincero, sorrir sem motivo aparente. Aquilo mexeu comigo, porque me lembrou de que amar, de fato, não é tão complicado. É fácil, quase natural, quando há verdade no que sentimos.

Voltei a esse vídeo algumas vezes ao longo do dia, como se ele tivesse sido feito sob medida para o que eu estava vivendo. E percebi algo: o que senti hoje foi um exemplo vivo dessa simplicidade que o amor carrega. Não foram as grandes tarefas do dia que me marcaram, mas os gestos sutis, as palavras de apoio, os olhares que disseram mais do que qualquer frase.

Quando a noite chegou, mesmo exausta, me senti feliz. Senti que o dia valeu a pena, não por causa dos compromissos cumpridos, mas pelas conexões que nutri. Becca me mostrou que o amor está nos detalhes, e hoje, cada detalhe fez meu coração transbordar.

E pensar que nem sempre é fácil. Desde o momento em que me assumi para ela vivemos um turbilhão de emoções. Houve dúvidas, medos e, claro, altos e baixos. Mas, de alguma forma, ela sempre me faz enxergar uma luz no fim do túnel. É como se, mesmo nos dias nublados, ela estivesse lá, segurando minha mão, me mostrando que vale a pena acreditar. No fundo, espero – com todo o coração – que a gente possa construir e escrever esse final feliz. Nosso final feliz. Juntas.