Blog

Sumário

Sobre a Autora:
Picture of Paulinha Silva
Paulinha Silva
Paula Lavigne Silva é uma crossdresser de 29 anos, assumindo o lado crossdresser há 7 anos para si mesma, que vive sua expressão feminina de maneira discreta e reservada, mantendo-a em segredo para preservar sua família e carreira profissional. Paula encontra na maquiagem, na moda e nos encontros com amigos uma forma de expressar sua identidade e vivenciar plenamente seu lado feminino.

As Crossdressers Mais Famosas do Brasil: Ícones da Arte e Cultura

Resumo: O crossdressing no Brasil: uma história rica, marcada por ícones como Rogéria e Pabllo Vittar, que desafiaram barreiras e inspiraram gerações. Clique e conheça as figuras que transformaram essa arte e ativismo!

No Brasil, o crossdressing possui uma presença significativa, tanto no cenário artístico quanto no ativismo. Apesar disso, ainda é um tema que circula de forma tímida, muitas vezes restrito a pequenas bolhas e comunidades online. A visibilidade, que poderia ser maior, acaba sendo limitada por barreiras culturais e preconceitos ainda presentes na sociedade. No entanto, o panorama está mudando, e as inspirações para o universo do crossdressing vêm ganhando cada vez mais força.

O crossdressing no Brasil não é algo novo. Sua história entrelaça-se com décadas de expressão artística, movimentos sociais e ativismo, mas é impossível ignorar o impacto que outros movimentos, como o das drag queens, tiveram para alavancar sua visibilidade. O mundo drag, amplamente associado à cultura LGBTQIAPN+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexo, assexuais, pansexuais e não binários, entre outras identidades), despontou como uma das maiores referências para quem deseja explorar e expressar sua feminilidade, criatividade e ousadia.

Além disso, personalidades influentes e corajosas que desafiaram normas de gênero no Brasil ao longo das décadas continuam a abrir caminhos para as novas gerações de crossdressers. Seja no palco, nas redes sociais ou nas ruas, essas figuras icônicas inspiram não só a coragem de abraçar as próprias identidades, mas também mostram que o crossdressing é uma forma legítima e poderosa de expressão de gênero. Vamos falar sobre algumas das influencias/referências mais icônicas do Brasil.

1. Rogéria

Rogéria, nascida Astolfo Barroso Pinto, foi uma das maiores pioneiras do crossdressing no Brasil. Com uma carreira que começou na década de 1960, Rogéria desafiou estereótipos de gênero e tornou-se uma das figuras mais respeitadas na TV, cinema e teatro. Ela era reconhecida por sua elegância e autenticidade, sendo uma das primeiras a abrir espaço para o crossdressing na mídia nacional.

2. Pabllo Vittar

Pabllo Vittar é uma das maiores artistas pop do Brasil e um ícone LGBTQIA+ mundialmente conhecido. Como drag queen e cantora, Pabllo conquistou a cena musical com sucessos como “Corpo Sensual” e “KO”, quebrando recordes e barreiras para a comunidade crossdresser e LGBTQIA+. Pabllo usa sua plataforma para promover a aceitação e a liberdade de expressão de gênero.

3. Elke Maravilha

Elke Maravilha, atriz e modelo de origem russa, foi uma figura transgressora que desafiava as convenções de gênero com sua aparência excêntrica e identidade única. Com trajes extravagantes e uma personalidade ousada, Elke sempre recusou rótulos e foi uma grande defensora da liberdade individual e de gênero no Brasil.

4. Silvetty Montilla

Silvetty Montilla é uma drag queen brasileira que há mais de 30 anos domina o cenário LGBTQIA+ com suas performances. Comediante e apresentadora, Silvetty é uma das drag queens mais respeitadas do Brasil e ajudou a pavimentar o caminho para futuras gerações de performers no país.

5. Vera Verão (Jorge Lafond)

Jorge Lafond, conhecido por seu personagem Vera Verão no humorístico “A Praça é Nossa”, foi um dos crossdressers mais populares da TV brasileira. Lafond desafiou a visão do público sobre gênero com sua personagem, quebrando estigmas enquanto trazia humor e autenticidade para os lares brasileiros.

6. Miss Biá

Miss Biá é uma drag queen lendária que atua há décadas no Brasil, sendo uma referência no cenário artístico e cultural. Ela contribuiu para a visibilidade das drag queens no Brasil, participando de concursos, shows e eventos LGBTQIA+, sempre com uma abordagem humorística e cativante.

7. Dudu Bertholini

Dudu Bertholini, estilista e personalidade da moda, é um ícone da moda brasileira que frequentemente brinca com a fluidez de gênero em suas roupas e aparições. Embora não seja uma drag queen tradicional, Bertholini é conhecido por desafiar as normas de gênero através de sua estética e abordagem inovadora na moda.

8. Jane Di Castro

Jane Di Castro foi uma atriz, cantora e uma das principais personalidades LGBTQIA+ no Brasil. Sua atuação no teatro e na TV ajudou a promover a visibilidade trans e do crossdressing no Brasil. Com uma carreira de mais de 50 anos, Jane sempre foi uma defensora dos direitos LGBTQIA+, lutando por respeito e igualdade.

9. Glória Gay

Glória Gay, uma das drags mais antigas do Brasil, teve uma carreira marcada pela presença em grandes eventos e festas LGBTQIA+. Sua trajetória de mais de 50 anos no cenário LGBTQIA+ a tornou uma das figuras mais icônicas do Brasil, conhecida por sua presença marcante e por seu legado no meio drag.

10. Ikaro Kadoshi

Ikaro Kadoshi é um dos principais nomes do drag brasileiro atual e ficou famoso por suas apresentações impactantes. Além de ser um performer talentoso, Ikaro também é apresentador do reality show “Drag Me As a Queen” e uma das principais vozes da comunidade drag no Brasil, trabalhando para trazer mais visibilidade e respeito à arte drag.

Menção Honrosa: Ney Matogrosso

Embora Ney Matogrosso não seja tradicionalmente conhecido como crossdresser, ele merece uma menção honrosa. Desde o início de sua carreira com os Secos & Molhados, Ney desafiou normas de gênero com seu estilo ousado, maquiagem marcante e trajes que misturavam elementos masculinos e femininos. Sua performance estética e corporal sempre foi uma declaração de liberdade e transgressão, tornando-o um dos artistas mais influentes do Brasil na desconstrução de estereótipos de gênero.

Recomendação: Ouça “Rosa de Hiroshima”, uma das músicas mais icônicas de Ney Matogrosso, onde sua voz e presença única refletem sua arte provocativa e desafiadora.

Conclusão

O Brasil tem uma rica história de crossdressers que influenciaram a cultura e o entretenimento. Esses ícones ajudaram a moldar a percepção do público sobre o crossdressing e abriram espaço para futuras gerações se expressarem livremente. Seja através da música, teatro, moda ou TV, esses pioneiros mostraram ao mundo o poder da autoexpressão.

Fontes:

Rogéria: Biografia Oficial

Pabllo Vittar: Billboard Brazil

Silvetty Montilla: Entrevistas e Perfis

Quem mais te inspira no Brasil? Deixe nos comentários suas referências e compartilhe suas histórias!

Compartilhe:
Email
Facebook
X
WhatsApp

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *